Queria acreditar no Destino. Queria acreditar que tudo acontece por uma razão, que a dor é um prelúdio da satisfação.
Algo em mim acredita que o tempo trará o que desejo. Mas a razão risse sarcásticamente: " Como podes pensar assim? Vives num mundo só teu, onde desejas o que queres ver... Mas esse não é o mundo real! Olha em teu redor! Achas que terás melhor fim? Quem és tu para merecer mais que os restantes?
Ninguém...
Queria-me resumir à minha insignificancia, render-me ao final certo que terei. Mas algo em mim luta sem fim. " Há sempre oportunidade!"
É verdade!
Enquanto existir, não quero desistir.
Às vezes perco o rumo, perco-me de mim. Abandono as minhas convicções... Esqueço o que me move. Abandono a força que me sustem...
A busca por algo que me transcende...
A busca por uma utopia que, provavelmente, nunca vou alcançar.
E depois?
Morrei a tentar!
Porque a felicidade vale o esforço. Sou feliz por ter um objectivo. Impossível? Talvez seja, mas é ele que me mantem a voar...
Se o Destino não existir, terei de o criar.
Se a felicidade não me for oferecida, terei de a conquistar.
Se no final perceber que nada alcancei, morrerei feliz pois sei que tentei!